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quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Filme trará Margot Robbie no papel da Barbie



filme sobre a barbie



Warner Bros. e a fabricante de brinquedos Mattel anunciaram nesta terça-feira (08) a produção de um filme live-action inspirado na icônica boneca Barbie. O longa trará a atriz australiana Margot Robbie no papel da personagem principal. Além de atuar, a atriz também será co-produtora do filme, conforme anunciado em campanha.

A atriz, nomeada ao Oscar por seu papel como uma patinadora no gelo em Eu, Tonya, de 2017, disse esperar que a produção tenha “um impacto positivo tremendo sobre as crianças e outras audiências mundo afora”.
Criada em 1959, a boneca alcançou fama mundial, sendo inclusive alvo de diversas polêmicas. Ao longo de 60 anos a Barbie já incorporou mais de 200 profissões, diversos formatos e tonalidades de pele. O filme da boneca com atores reais será a primeira produção da Mattel FIlms. A recém-criada empresa tem como objetivo trazer as franquias famosas da marca para as telonas.

Em tempo, até o momento, nenhuma informação a respeito de uma possível data de lançamento para o longa foi revelada.

Conto - um beijo


contos sobre ceifador


A minha presença naquele lugar era cotidiana. Muitos ali me esperavam, alguns até me desejavam. Outros, no entanto, se agarravam às próprias vidas e se iludiam sonhando que viveriam para sempre. Eu sabia que mais cedo ou ais tarde, minha foice arrancaria suas almas da desgastada casca que eram seus corpos.
Antes de levar alguém (aonde eles vão mesmo?) daquele hospital, sempre passo por todos os quartos. Não é nenhum jogo sádico. É só... sei lá, um desejo oculto de não encontrar algumas pessoas naquele hospital, que mais parecia uma antessala para o cemitério. Acho que eu não disse, né? Esse hospital só atende pacientes com doenças crônicas, incuráveis. A não ser um milagre muito grande, eu seria a única a lhes dar alta.
***
- Olá.
A voz da garota me fez parar. Ninguém, além de mim, tinha entrado no quarto. Estranhamente, ela podia me ver.
- Veio me buscar?
Ela era nova no hospital. O rosto ainda estava corado e a melancolia não dominava seu semblante. Era bem bonita, os cabelos escuros bem cuidados, a pela branca, manchada apenas por uma pinta aqui e uma cicatriz ali. Bem magra, efeito da doença talvez. Não tinha mais que vinte anos.
- Não. Quem morre hoje é um senhor que está no quarto em frente.
- Que pena e que bom.
Ela falava comigo naturalmente, como se fosse uma colega de colégio ou uma amiga de infância. E eu, insanamente, respondia naturalmente também.
- Pelo que sei, você vem muito aqui.
- Bastante.
Passei a visitá-la todos os dias. Ela era curiosa, sempre fazia perguntas complicadas sobre o meu trabalho (algumas nem eu sei a resposta): “Como você está em vários lugares ao mesmo tempo? Afinal de contas, várias pessoas morrem ao mesmo tempo”, “Você se aposenta e passa o cargo para outra ou é eterna?”; Falávamos de bobeiras do cotidiano, ríamos de cenas engraçadas que lembrávamos e, principalmente, dividíamos nossos medos e frustrações.
Logo percebi que éramos muito parecidas. Carentes, solitárias e com um destino aparentemente certo e assustador. A cada encontro ficávamos mais próximas. Algo diferente, mais profundo, mais forte, avassalador, ia surgindo.
- Morte, isso é estranho.
- Isso o que?
- Me apaixonar por você.
Ela sabia ser direta. Como resposta, eu sorri e, como esperava, ela entendeu o que eu queria dizer. Brincalhona, disse com um fingido ar superior:
- Sabia que você não riria resistir aos meus encantos.
Éramos felizes. O namoro era bem estranho, mas feliz. Mas a realidade era implacável. A doença progredia, vencia batalhas, conquistava espaços. Até que o dia que não queríamos que chegasse chegou. A lâmina da minha foice deixou de refletir meu rosto e me mostrou a imagem dela.
- Ai, que dor no corpo. Boa noite, meu amor.
- Hum...
- Dois...Que cara é essa? Aconteceu alguma coisa?
- Nada.
Ela se ajeitou na cama e me olhou séria.
- Vai acontecer alguma coisa?
Minha voz ficou presa na garganta. Com muita dificuldade consegui falar:
- Não. Não vai...
- Mas você não disse que era errado deixar vivo quem tinha que morrer? Que isso poderia ser pior?
- Eu não quero perder você.
Ela murmurou baixinho que me amava muito também, mas as dores que sentia, faziam com que ela fosse mais racional que eu. Sabia que não deveria manter vivo quem devia morrer. Poderia causar muito mais sofrimento. Mesmo que fosse repentina, injusta, um assassinato ou um suicídio, era a lógica humana, mas eu não conseguia...não podia ceifar a alma dela. Não queria ficar sozinha mais uma vez.
Ela fez um último esforço, levantou da cama e se aproximou de mim.
- Não toca em mim. Você sabe o que acontece se...
- Eu te amo.
A boca dela se encontrou com a minha e surgiu um beijo, longo, gostoso, apaixonado. Eu a envolvi nos meus braços enquanto a beijava e senti sua alma ir embora. Depois, coloquei seu corpo na cama. Uma enfermeira avisou aos outros o que aconteceu. Levaram o corpo, fiquei sozinha no quarto por muito tempo. Olhei pela janela
e estupidamente pensei que seria muito bom me jogar de lá, no décimo quinto andar.


FONTE DO CONTO:

http://contosdamorte.blogspot.com/2009/06/um-beijo.html

sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Cine Trash e Cine Sinistro da Band - os bons tempos da TV brasileira

O Cine Trash, foi um programa exibido no início de 1996 até o final de 1997, apresentado por Zé do Caixão. Passava filmes de segunda à sexta, todas as tardes, posteriormente passou a ser exibido a noite (leis judiciais e processos expulsaram o programa da tarde), ao ser exibido a noite, passava semanalmente, toda segunda feira... Nesta época o programa, a meu ver, perdeu a qualidade, alguns casos Zé do Caixão não apresentava mais, eram exibidos muitos filmes estilo "terror-erótico", o horário variava muito, às vezes voltava pra tarde, e depois à noite... Enfim, o estilo do programa havia se perdido... Acredito que este tenha sido o motivo do fim do programa, mas dizem que não foi isso...
Enfim, sempre é bom relembrar este marco histórico da TV brasileira, o melhor programa de filmes de horror já feito, exibindo o lado obscuro do cinema.
Zé do Caixão conseguiu passar fantásticas obras do sub-gênero Trash, levando medo e diversão as tardes das pessoas (inicialmente) e depois as noites, grandes obras passaram por lá, como A Noite dos Mortos Vivos e The Evil Dead.

Foram mais de 170 filmes, que eram passados na faixa das 15 horas a tarde e no seu final estava na faixa das 22 horas. Sofreu com problemas de faixa etária e tudo mais que sempre está envolvendo o trash, mas sobretudo junto com outros poucos programas conseguiu mostrar ao público o que é o trash e dar espaço a estes filmes na televisão aberta.



Cine Trash foi exibido de segunda a sexta-feira a tarde, na TV Bandeirantes, de 5 de fevereiro a 25 de outubro de 1996. O sucesso e o teor dos filmes exibidos pelo Cine Trash chamaram a atenção do Ministério Publico Federal, que entrou com uma ação contra a Band, obrigando o programa a ser exibido após às 22 horas, por conta de seu conteúdo impróprio para o horário vespertino. Quando passou a ser exibido a noite, o Cine Trash perdeu audiência, apesar do apelo do Zé do Caixão nas chamadas do programa:

"Você, você e todos vocês ! Têm um encontro marcado comigo nessa segunda-feira no Cine Trash !"
Mesmo durante o período em que foi exibido a tarde, o Cine Trash eventualmente também tinha uma sessão noturna.
Por causa da mudança de horário, devido a censura, e da consequente queda de audiência, a Band acabou com o programa.
O Cine Sinistro estreou em 7/10/2000 com o filme Anel Maldito exibido excepcionalmente as 23h, pois o programa logo em seguida passou para o horário de meia-noite. Ele ia ao ar sempre na madrugada de sábado para domingo, antes do Cine Privê. 

Mesmo não tendo alcançado o mesmo sucesso do Cine Trash, o Cine Sinistro chegou a ser a 2ª maior audiência da Band, empatado com o Cine Privê. Só perdia para a Sessão Kickboxer. 


Lista com alguns filmes do Cine Trash:

Sangue amaldiçoado / The Beast Within (1982)



Um casal em lua-de-mel sofre um acidente numa estrada do Mississipi. Enquanto o marido retorna a pé até um posto de gasolina para conseguir reboque, uma bizarra criatura ataca a esposa indefesa, estuprando-a. Dezessete anos mais tarde, o filho do casal adoece misteriosamente, deixando os médicos perplexos. Sem saber a origem de tal mal, o casal se vê obrigado a voltar ao lugar onde aconteceu o ataque anos antes à procura de informações sobre o estranho estuprador que seria o verdadeiro pai do rapaz.

O Caçador de Cabeças / Headhunter (1989)

Sinopse: A cidade de Miami é palco de uma série de assassinatos brutais, nos quais as vítimas são sempre degoladas. Dois policiais investigam, com a ajuda de um feiticeiro que acredita que os crimes são cometidos por uma entidade demoníaca africana.



A Cidade Fantasma / Ghost Town (1988)

Sinopse: Um delegado dos dias de hoje segue pistas do paradeiro de uma garota sequestrada e se vê numa cidade fantasma, tendo que enfrentar os seus falecidos foras-da-lei que não só a mantém refém, como também os espíritos dos outros habitantes do local. 

A Semente da Maldição / The Suckling (1990)



Sinopse: Após aborto, feto é jogado no esgoto, mas ao entrar em contato com lixo tóxico, se torna um monstro mutante e aterroriza um prostíbulo no Brooklyn.

Nas Sombras da Noite / The Night Brings Charlie (1990)

Sinopse: Pequena cidade é apavorada por um assassino misterioso que, na calada da noite, corta a cabeça de suas vítimas com ferramentas de jardinagem.

A Matilha da Maldição / Leviatán aka Monster Dog (1984)

Sinopse: Grupo de jovens decide passar o fim de semana na casa de campo do coreógrafo Lou Lou (Alice Cooper), que por 20 anos não retornava ao local, em virtude de trágicas lembranças. Quando chegam, descobrem o corpo do caseiro mutilado por um bando de cães liderados por um terrível cão monstro!


O Mercador das Trevas / The Dark Dealer (1995)

Sinopse: Três homens, com vidas completamente diferentes, têm seus destinos vinculados através de um jogo de cartas sobrenatural. Antes de jogar, você precisa pagar!.. E qual será o preço?

A Filha de Sarah / Sarah's Child (1994)

Sinopse: Após descobrir que não pode ter filhos,uma jovem mulher vai à loucura e sua insanidade irá colocar em risco a vida das pessoas a sua volta.

Kadaicha / Kadaicha (1988)

Sinopse: Primeiro mistério: várias pessoas têm o mesmo sonho. Segundo mistério: ao acordar, encontram um cristal. Terceiro mistério: todos são assassinados. Para desvendar esses enígmas, uma amiga das vítimas recorre a um bruxo. Mas, numa noite, ela também tem o mesmo sonho. 

Massacre II / Slumber Party Massacre II (1987)

Sinopse: Agora adolescente, Courtney, a irmã mais nova da "nova garota do outro lado da rua" em Slumber Party Massacre I, tem constantes pesadelos com o sangrento incidente que presenciou há alguns anos. Ela e os outros membros de seu grupo de rock feminino vão a um condomínio no fim de semana para tocar música e se divertir com seus namorados. Courtney sonha com sua irmã, que está em um manicômio, e esta alertá-os sobre um assassino a solta. Misteriosamente, os sonhos começam a se tornar realidade, ameaçando Courtney e seus amigos.

Condenação do Além / Prison (1988)

Sinopse: Em 1956, ao ser condenado por um assassinato que não cometeu, o detento Charlie Forsythe morreu na cadeira elétrica com 60 mil volts de eletricidade. Quando a prisão de Creedmore reabre após 30 anos, ela não está vazia. Charlie Forsythe voltou para a sua vingança!

A Imagem do Medo / A Reflection of Fear (1973)


Sinopse: Isolada do mundo real e da vida exterior, Marguerite (Sondra Locke), de dezessete anos, passou toda a sua vida enclausurada pela sua mãe e avó, mulheres obcecadas pelo passado e atormentadas pela corrupção que espreita às suas portas e pela humilhação sofrida quando o pai as abandonou. A jovem sofrerá uma assustadora transformação quando o seu pai, Michael (Robert Shaw), que faz anos que não o vê, regressa com uma nova mulher, Anne (Sally Kellerman) quando começa uma série de sangrentos assassinatos carregados de raiva e sem pistas do autor.

Expresso Macabro / The Sleeping Car (1990)


Sinopse: Jovem jornalista escolhe um lugar isolado para morar: o vagão de um trem desativado, à beira de um penhasco. Mas uma misteriosa força passa a influenciar o destino daqueles que se aproximam do velho trem. 

A Irmandade de Satanas / The Brotherhood of Satan (1971)

Sinopse: Crianças desaparecidas e violentas mortes, por trás do mistério, uma nova geração de bruxos... 

Um jantar sangrento / Bloody Diner (1987). 




Sinopse: Michael e George Tutman são dois rapazes que cresceram influenciados pelo falecido tio psicopata Anwar, cujo cérebro falante a dupla preserva num jarro de vidro. Eles trabalham numa lanchonete, que usam como fachada para uma série de crimes violentos - perpetrados com o objetivo de criar um novo corpo para ressuscitar a maligna deusa egípcia Sheetar.

Havia uma civilização em Marte no passado?

O Dr. John Brandenburg, com sede nos EUA, fez palestras em todo o mundo, oferecendo uma teoria de que há evidências de duas grandes explosões nucleares no Planeta Vermelho e das relíquias arqueológicas deixadas pelos antigos marcianos.


Havia uma civilização em Marte no passado?
John Brandenburg afirma que alienígenas hostis destruíram a vida em Marte com bombas nucleares.


Brandenburg acredita que a guerra nuclear ocorreu há cerca de meio bilhão de anos e que os vestígios da explosão foram deixados em dois locais importantes.
Havia uma civilização em Marte no passado?


O físico afirma que “qualquer um que possa ler um mapa” pode ver os locais da explosão nuclear.

Ele alega que as mais fortes ondas de choque e as consequências foram despejadas na base de Mensae  e Galaxias Chaos, dois locais em Marte que outros teóricos da conspiração afirmam serem locais de arqueologia antiga em Marte.
Havia uma civilização em Marte no passado?


Sua teoria é que uma civilização, como as da Idade do Bronze na Terra, desenvolveu-se em Marte, mas foi exterminada por um agressor alienígena mais avançado de outro planeta.
Havia uma civilização em Marte no passado?
Dr. John Brandenburg, autor do livro Life and Death on Mars: The New Mars Synthesis


Ele baseia sua teoria em dados coletados pela NASA de Marte, ele diz que mostra isótopos "assinatura de armas nucleares", mostrando as duas "explosões  nucleares maciças nas regiões do norte do planeta.

Ele diz que o que ele identificou foi uma fina camada de substâncias radioativas, incluindo urânio, tório e potássio radioativo em Marte.

O dr. Brandenburg, mostrou sua teoria no livro Life and Death on Mars: The New Mars Synthesis, mas foi ridicularizado em sites céticos por ser um cientista talentoso que caiu nos domínios da pseudociência.

Todas as perguntas a respeito da vida extraterrestre têm respostas, se pensarmos em uma civilização poderosa, dedicada a exterminar outras antes que estas possam se contatar. Isso significa que, cedo ou tarde, nós seremos o alvo - John Brandenburg




Então, o que a NASA diz o que aconteceu com o Planeta Vermelho?

No ano passado, anunciou que Marte já foi como a Terra e provavelmente terá uma grande cobertura oceânica com mares de até um quilômetro de profundidade.

Ele também encontrou evidências de que o interior permanece bastante úmido, e algumas águas ainda chegam à superfície, de modo que teoricamente podia abrigar ou ter abrigado as formas mais básicas de vida em algum momento.

No entanto, robôs da NASA que exploraram a superfície, não encontraram evidências de estruturas construídas na superfície.

Também a NASA revelou que a atmosfera de Marte foi gradualmente removida ao longo de bilhões de anos pelos ventos solares do nosso Sol - não como resultado de uma explosão nuclear.


quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Seriados da Netflix: série Hemlock Grove



Um dos maiores trunfos da Netflix foi ter começado sua jornada nas produções originais com o pé direito, Hemlock Grove, House of Cards e Orange is the New Black deram um show de qualidade e se tornaram sucessos da empresa, abrindo espaço para que cada vez mais conteúdo fosse financiado.

Todas as três foram melhorando através dos anos, mas infelizmente no caso de Hemlock, que já tinha uma data de validade menor, ao invés de fechar com chave de ouro, por não precisar inventar muito para continuar (como Supernatural faz a 5 temporadas), eles bagunçaram a série numa mistura de: “Já que vai acabar, vamos acelerar esse negócio logo”, com “Nossa, temos tanta história para contar, pena que não teremos tempo”.

É praticamente impossível distinguir se aconteceu o que aconteceu por falta ou excesso de amor ao show, o que dá para afirmar é que foi muito mal feito, de uma forma que não achei que veria uma produção da Netflix errar depois de toda experiência adquirida através dos anos.
Comparando as temporadas
O seriado foi encerrado com apenas 3 temporadas e 33 episódios, não por falta de popularidade ou críticas ruins, mas porque ele é baseado em um livro, então existia um planejamento caso a primeira temporada desse um resultado positivo eles teriam mais duas temporadas. Pode até ser que se a série tivesse feito um sucesso maior, eles continuariam com o show, mas depois da segunda temporada já decidiram que a terceira seria a última.
Por não ter uma garantia de continuação a primeira temporada é diferente das demais, isso porque ela é muito mais concentrada na pacata cidadezinha de Hemlock Grove, como acontece em qualquer cidade do interior, qualquer acontecimento fora da rotina acaba chamando a atenção de todos os moradores, mas o resto do mundo segue sem saber da existência da cidade onde lobisomens comem adolescentes durante a madrugada. Além de ter um arco praticamente fechado.
Já a segunda e a terceira expandem os problemas enfrentados por Peter e Roman para algo mais regional e depois descobre-se que mundial, isso sem levar em conta a importância que o laboratório Godfrey vai recebendo com o passar do tempo, com pesquisas que vão de transferência de mentes, a criação de corpos “sintéticos” e mais qualquer coisa que for necessário para a ocasião.
A segunda temporada ainda segura bem a inserção de novos personagens e uma trama totalmente nova, mantendo o clima sombrio, as histórias amarradas e uma imprevisibilidade sensacional, mas infelizmente na terceira quase tudo se perde e deixa aquela sensação de traição no coração dos fãs.

Fãs de Crepúsculo entrariam em coma ao ver como lobisomens se transformariam de verdade.
Sobre a terceira temporada
Se a primeira temporada praticamente fechou um arco, a segunda terminou com um cliffhanger impossível de se ignorar, fazendo a terceira ser praticamente uma extensão dela (como uma mid season de seriados para TV) e por mais que eu critique a última temporada aqui, se você assistiu a segunda, tem que assistir a terceira.
O mais decepcionante desse último ano é você ver uma história e personagens muito bons, sendo estragados por um roteiro ruim e direção péssima, de uma forma que eu, que nunca segurei uma câmera ou escrevi um roteiro, tenho certeza de que faria melhor.
É como se essa temporada tivesse sido escrita por duas pessoas que jamais se encontraram para discutir o que seria feito, cada um fez sua parte e depois juntaram tudo e colocaram no ar, deixando várias coisas sem muito sentido, com uma primeira metade totalmente arrastada, beirando a monotonia total, e por algum motivo uma segunda metade com cenas aceleradas e atropeladas, chegando a ser, algumas vezes, displicente.
A primeira metade dessa temporada
Logo de cara você já percebe o problema de ritmo, quase abandonei a série na primeira metade dessa temporada porque nada acontece e quando acontece é de maneira ridícula. Desses primeiros 5 episódios, pouquíssima coisa se salva e poderia ser resumido em um único, que não se perderia muita coisa.
Desde o começo, a série se apoiou na amizade improvável dos dois protagonistas e durante essa fase os dois praticamente não se falam, encontrar Miranda e Nádia que é o motivo dessa temporada existir fica em terceiro plano, fazendo até mesmo a gente esquecer que aqueles dois caras são melhores amigos e precisam encontrar a todo custo a namorada e filha sequestradas por um lagarto/dragão gigante.
Cada um dos protagonistas recebeu uma subtrama (que acabou transformando a trama principal em sub…), na do Peter transformaram Andreas que era um personagem divertido, num mala que só não irritou mais, pelo final justo que deram a ele, no caso do Roman inseriram a Annie, personagem mais sem graça da série, totalmente neutra, que você torce para morrer, simplesmente para ela não aparecer mais.
A Shelley que já tinha recebido um arco na segunda temporada, agora recebe outro ainda maior, explorando mais a já complexa personagem, e minha crítica nem é sobre isso, já que ela sempre mereceu esse espaço, porém a maneira como foi feita te faz dormir durante todo o episódio, com um papo filosófico impossível de se acompanhar sóbrio.
Falando sobre a falta de sentido, o terceiro episódio foi o exemplo perfeito disso, parece que Eli Roth (produtor executivo da série e criador da franquia Albergue) pensou: “Estive organizando isso aqui durante três anos, não é possível que uma série de terror termine sem um episódio de Cabana na Floresta”, e foi exatamente isso que fizeram nesse capitulo, adicionaram um novo elemento na história só para poder fazer o bendito episódio de “Cabana na floresta”, clássico dos filmes de terror, e a coisa mais clichê desse tipo de filme, que não combina com o clima do programa.
Direção e roteiro
Acredito que dois fatores foram responsáveis pela quase tragédia que foi essa temporada: direção e roteiro. E é incrível dizer isso, já que seriados utilizam vários diretores em cada temporada, e no caso do roteiro, eles só precisavam fazer uma adaptação do que já estava escrito!
O maior problema de roteiro foi não saber planejar a quantidade de história para a quantidade de episódios, quiseram inserir histórias totalmente novas e ignorar o que tinha ficado em aberto, focando mais nos personagens secundários e criando novas tramas para os protagonistas. Porém lembraram depois, que esses 10 episódios seriam os últimos do seriado e que tudo deveria ser resolvido dentro desse tempo, então chegaram ao ponto de resolver todo um suspense e problema de escala mundial em metade de um episódio, com um clímax de segundos!! É como se os Power Rangers chamassem o Megazord no primeiro minuto do episódio e simplesmente pisasse no vilão, acabando com o problema da forma mais simples e fácil possível, sem criar nenhuma expectativa para o tão esperado final.
A direção só não pode ser criticada nos momentos da Olivia, onde provavelmente experiência da atriz [mais no tópico abaixo] é que fez a diferença, foi ruim o suficiente para que eu, que não tenho o mínimo conhecimento técnico, me incomodar muito com o andamento das cenas. A cena final, por exemplo, foi para fechar confirmando tudo o que foi essa temporada, resumiram o desfecho de uma amizade de três anos que se tornou um relacionamento de irmãos em uma cena completamente tosca, estragando até mesmo a belíssima atuação do Skarsgård, que tentou a todo momento passar algum sentimento enquanto o diretor cortava e tentava acabar com aquilo tudo o mais rápido possível.
Nem tudo se perdeu
Para mostrar o tamanho da discordância dentro dessa temporada, com altos beirando a excelência e baixos quase fundo do poço, o Dr. Pryce recebeu uma trama, equivalente à da Shelley, porém de uma maneira sensacional, dando um background real ao personagem, com uma história muito boa, fazendo você se importar de verdade com o doutor, sem tanta enrolação e favorecido com uma atuação incrível de Joel de la Fuente (Law & Order: SVU), se tornou meu personagem favorito da temporada.
Outro arco que segurou bem a temporada foi o da Olivia que contou com uma atuação inspirada de Famke Janssen (a Jean Grey dos primeiros X-Men e a esposa do Liam Neeson na franquia Taken), como eu não imaginava que ela poderia ter (sempre achei ela mais um rostinho bonito, do que atriz talentosa) e ainda fez uma dupla sensacional com o Chango interpretado pelo desconhecido, porém ótimo, Alex Hernandez.

Pryce e Olivia foram os dois pontos altos da última temporada
Um ponto positivo que a série manteve, foi aquele ar de suspense e cenas que te deixam sem respirar de expectativa, excluindo os dois últimos episódios que não teve atenção e nem cuidado algum em torno desses pontos, os outros episódios, mesmo na pior fase da série, mantiveram a tensão e imprevisibilidade nas cenas.
CONCLUINDO
Tendo assistido a esses 10 últimos episódios acredito que dividir as histórias contadas em mais episódios seria o ideal. É claro que se não tivessem desperdiçado tanto tempo no início lento da temporada, talvez tudo pudesse ter sido contado com mais calma e qualidade, mas existiram pontos interessantes que poderiam ter sido mais explorados, transformando-os em tema de temporada e não uma subtrama para dar um motivo para um episódio ou ação.
Com um final extremamente justo, como a muito tempo eu não via em um seriado, porém feito de uma maneira totalmente amadora, como eu também a muito tempo não via numa série, mais do que chateado, fiquei irritado, por ver algo que poderia ser perfeito, ser bem mais ou menos por culpa de desleixo da produção.
Até tentei resumir esse post, mas foi impossível, essa temporada merecia textão, apesar de tudo, não me arrependo de ter me apaixonado pela série, e tê-la acompanhado durante esses três anos, porém daqui pra frente, todo mundo para quem eu a recomendo, já recebe o aviso de que ou assiste só à temporada inicial, ou terá que acompanhar até o final.