Sinopse: Esta é uma historia baseada nos relatos da família Smurl e sua terrível luta contra forças malignas que se apoderaram de sua casa e de suas vidas. Pouco a pouco o mal toma conta da casa, submetendo-os a verdadeiras torturas sobrenaturais, como torradeiras pegando fogo, vozes do além, ataques sexuais, etc. Aterrorizados, decidem divulgar na imprensa com a esperança que alguém os ajudem.
A Casa das Almas Perdidas é um filme que está bem associado aos meandros da memória de quem o assistiu na época de seu lançamento. Atualmente, diante de tanto grafismo e ferrões musicais nos filmes de terror, a produção pode não causar nenhuma sensação de desconforto, mas quando exibido nos anos 1990, deixou muita gente atordoada. A cena em que o patriarca da casa assiste televisão à noite e é surpreendido por uma presença macabra que materializa-se com traços femininos e masculinos é de uma força avassaladora.
Diferente dos filmes de psicopatas mascarados, os filmes de possessão demoníaca e presenças sobrenaturais malignas incomodam até aqueles que não acreditam no Deus bíblico. Já presenciei ateus assustados com filmes desta magnitude, tamanha a capacidade destas narrativas em levantar dúvidas ou causas estranhamento, haja vista a presença de entidades desagradáveis.
Dirigido por Robert Mandel e com efeitos especiais limitados, A Casa das Almas Perdidas é uma produção que nos demonstra que a sugestão pode ser bem mais interessante que o visual em excesso. Lançado em 1991, o telefilme teve o roteiro assinado por Janet Smurl, Robert Curran, Darrah Cloud, além de Ed e Lorraine Warren, casal que já havia aparecido no cinema, como coadjuvantes, muito antes do protagonismo de Invocação do Mal.
Inspirado em um livro de Robert Curran que narra o caso responsável por chamar as atenções da igreja, da sociedade civil e da mídia, A Casa das Almas Perdidas nos apresenta o drama da família Smurl. A história situa-se me meados da década de 1980. Os integrantes da família em questão se mudam para uma casa que promete ser local de novas conquistas, no entanto, acontecimentos misteriosos e desagradáveis começam a tirar a paz de todos.
Os pontos nevrálgicos que culminam na necessidade de convidar uma entidade religiosa para averiguar a casa estão nas louças disparadas pela casa sem explicação, no sumiço de objetos, nos xingamentos e obscenidades ditos para a avó da família, durante uma atividade no porão, na presença da entidade maligna que obriga o patriarca da família a emitir energias sexuais, bem como vultos que atravessam os cômodos e causam desconforto em todos os habitantes da casa amaldiçoada.
O que começou com um simples desaparecimento de uma ferramenta ganha proporções extraordinárias. A família Smurl, composta pela matriarca Janet (Sally Kirkland), protagonista no andamento das investigações, tem ainda o seu marido Jack (Jeffrey DeMunn), os filhos oriundos do casamento e os sogros Mary (Louise Latham) e John (George Wallace). Todos estes membros enfrentarão as vozes malditas, os vultos, os eletrodomésticos que ligam sozinhos e repentinamente, além de uma assombrosa imagem misteriosa que é desenhada discretamente numa das paredes.
O desespero chega a ser tão grande que a família clama ajuda da mídia, haja vista a burocracia da igreja para tentar uma resolução para os problemas. Janet visita uma das palestras ministradas por Ed e Lorraine Warren e pede ajuda. É com a presença do famoso casal especialista em demonologia que a família consegue desvendar as camadas da possessão. A mídia, chamada para ajudar, torna-se invasiva como já era de se esperar.
Com elementos visuais modestos, o filme segura o espectador pelo peso sobrenatural do que é contado, fator que ganha ajuda com os créditos sinceros: “baseado numa história real”. A nossa relação com o tema também ajuda na identificação, afinal, “casas assombradas” são parte da constituição do cinema enquanto linguagem, desde The Haunted House, da dupla formada por Edward F. Cline e Buster Keaton até o hotel aterrorizante de O Iluminado, uma das obras-primas de Stanley Kubrick.
A Casa das Almas Perdidas (The Haunted) — EUA, 1991.
Direção: Robert Mandel
Roteiro: Robert Curran, Jack Smurl, Janet Smurl, Ed Warren, Lorraine Warren, Darrah Cloud
Elenco: Sally Kirkland, Jeffrey DeMunn, Louise Latham, George Wallace, Joyce Van Patten, William O’Connell, Stephen Markle, Diane Baker, Ashley Bank, John O’Leary, Michelle Collins
Duração: 104 min
Direção: Robert Mandel
Roteiro: Robert Curran, Jack Smurl, Janet Smurl, Ed Warren, Lorraine Warren, Darrah Cloud
Elenco: Sally Kirkland, Jeffrey DeMunn, Louise Latham, George Wallace, Joyce Van Patten, William O’Connell, Stephen Markle, Diane Baker, Ashley Bank, John O’Leary, Michelle Collins
Duração: 104 min
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