A receita de um ar limpo é: 78% de nitrogênio, 21% de oxigênio e 1% de outros gases, entre os quais o dióxido de carbono (gás carbônico), com teor aproximado de 0,035%. Acrescenta-se ainda uma porção de água, em quantidade variável conforme região do planeta e época.
Que
o oxigênio é um ingrediente vital você já sabe. Vamos agora destacar a
importância de outros dois componentes da atmosfera: água e dióxido de carbono.
Eles mantem a Terra aquecida, possibilitando a existência de vida animal e
vegetal no planeta. A fonte de calor, naturalmente, é o sol. Dos raios solares
que incidem sobre o planeta, 30% não consegue atravessar a atmosfera e são
refletidos de volta para o espaço. Outros 70% atingem a superfície terrestre,
sendo uma parte absorvida por ela e o restante, refletido sob a forma e
radiação infravermelha. Então, uma parcela dessa radiação infravermelha é
absorvida pelas nuvens e pelo dióxido de carbono, aquecendo a atmosfera e
criando uma estufa natural.
A
estufa é uma câmara fechada, normalmente com vidro. Que permite cultivar
plantas. As paredes e o teto de vidro permitem que os raios solares entrem, mas
dificultam a saída de energia calorífica, mantendo o ambiente aquecido o
suficiente para a sobrevivência das plantas. A retenção de calor por uma estufa
pode ser comparada ao que ocorre em um automóvel fechado, estacionado sob o sol.
É o efeito estufa que mantém o clima terrestre ameno, sem grandes variações entre o dia e a noite, permitindo que a vida se mantenha.
Sem ele, a temperatura média terrestre seria de -18°C e não 15°C, como é atualmente. Como consequência, uma parte muito maior da superfície do nosso planeta seria permanentemente coberta por gelo.
Originalmente,
o dióxido de carbono é produto de vários processos naturais que se desenvolvem
na Terra, como a respiração de seres vivos e emissões vulcânicas.
No entanto, desde o século XIX, vários fatores contribuíram para elevar a quantidade de dióxido de carbono presente na atmosfera.
Dentre esses fatores, os mais significativos são o desenvolvimento industrial acelerado, a explosão demográfica, que aumentaram a queimada de combustíveis fósseis, e os desmatamentos e queimadas de florestas. Com mais dióxido de carbono, a atmosfera absorve uma quantidade maior de radiação infravermelha emitida pela superfície terrestre, aquecendo mais do que deveria. O resultado é o aumento da temperatura em todo o planeta, o chamado aquecimento global. O progresso tem seu preço que é a destruição da natureza.
E
o problema só tende a aumentar. Cientistas constataram que, além do dióxido de
carbono e do vapor d’água, partículas em suspensão no ar e outros gases
poluentes como monóxido de carbono, monóxido de nitrogênio, ozônio, metano e os
clorofluorcarbonos (CFCs), gases utilizados em refrigeradores, condicionadores
de ar e sprays, também absorvem o
calor refletido pela Terra, contribuindo para agravar o aquecimento global.
As
consequências de um aquecimento global de grandes proporções parecem
catastróficas: o derretimento de partes das calotas polares faria aumentar o
nível dos oceanos, ocorreriam inundações nas cidades litorâneas, modificações
do clima, prejuízos para a agricultura, etc. essas alterações poderiam espalhar
doenças tropicais e provocar secas em outras regiões do planeta. Só teriam algum beneficio os moradores de lugares muito
frios, pois poderia haver menos riscos de doenças de inverno e aumento da
produtividade agrícola.
Anos atrás, o aquecimento global foi objeto de controvérsias no meio científico. Mas agora, parece haver um consenso de que está ocorrendo um aumento da temperatura global.
Essa
foi uma das razões da realização da Eco
92 no Rio de Janeiro. Nesse congresso mundial, o Brasil e outros 154 países
assinaram a convenção climática, documento no qual se comprometem a controlar
atividades que possam causar aumento do efeito estufa. Mais de 160 países
definiram metas para a redução da produção de gases poluentes durante a
convenção de Kyoto, no Japão em 1997. Contudo, as boas intenções não tem se
convertido em ações concretas, pois estudos apontam que a temperatura média do
planeta continua aumentando.
Os
Estados Unidos se recusaram a assinar o protocolo de Kyoto, alegando que as
medidas prejudicariam a economia mundial. Em 2013, o novo relatório do Painel Intergovernamental
sobre Mudanças Climáticas afirma que a temperatura media terrestre aumentará em
5ºC até o fim do século XXI.
Infelizmente,
há apenas um planeta que tem condições de suportar a vida humana. Se o homem
destruir o planeta terra, não haverá outro para substitui-lo. No futuro, haverá
uma maneira de impedir o aumento de temperatura? Será que há um modo para a sociedade alcançar
o desenvolvimento sem destruir a natureza.
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